OS DIDISCOS E OS ARES DO CAMPO

Um dos nossos lugares favoritos em São Paulo é a Milplantas. Não é nenhum segredo que adoramos passear entre os vasos de folhagens e pelas mais lindas e variadas flores, sempre à procura daquele toque todo especial para nossos arranjos.

Nesses passeios, vez ou outra nos deparamos com uma novidade. Uma flor ou uma planta que nunca vimos por lá, que não conhecemos e que, ao mesmo tempo, imediatamente nos encanta. Foi assim com os Didiscos, que elegemos para nosso quadro de hoje.

flordidiscoFoto: Pinterest.

Nosso querido Sergio Oyama Junior, do incrível Orquídeas no Apê, foi quem reuniu as mais interessantes informações sobre essas graciosas flores do campo que compartilharemos com vocês a seguir.

Vamos lá?

Os Didiscos são flores tipicamente australianas, sendo que algumas espécies podem ainda ser encontradas na Malásia e Ilhas Fiji.

Com ares de flores do campo, os Didiscos foram introduzidos na Europa em 1828, onde passaram a ser conhecidas como “Blue Lace Flowers” ou “Pink Lace Flowers”, dependendo de sua variedade e coloração.

A delicada inflorescência em forma de guarda-chuva, composta por minúsculas flores, também lembra a “Queen Anne’s Lace”, ou Flor de Cenoura, sobre a qual falamos aqui.

Pertencentes à família Araliaceae, os Didiscos foram assim batizados em função de seu nome científico, Didiscus caerulea. O termo Didiscus faz referência ao formato das flores, que lembram pequenos discos, e caerulea (pronuncia-se cerúlea) significa azul como o céu, em latim.

Como flores do campo, os Didiscos são frequentemente utilizados no paisagismo, principalmente como bordaduras. Eles também entram na composição de belos arranjos florais, como flores de corte.

Os Didiscos costumam ser plantados na primavera do Hemisfério Norte, para que floresçam durante o verão. São considerados flores de baixa manutenção e fácil cultivo, requerendo apenas um local bem ensolarado para florescer por um longo período.

Há, ainda, quem prefira desidratar suas flores, que, para que mantenham a cor original, precisam permanecer no escuro ao longo do processo.

Não vemos a hora de mostrar para vocês por aqui os arranjos que preparamos com os Didiscos. Por enquanto, podemos apenas antecipar que a espera vai valer a pena!

Um beijo grande.

Sergio Oyama Junior é o biólogo, fanático por orquídeas e idealizador do Orquídeas no Apê blog dedicado a essas lindas flores. Neste espaço, Sergio, que é graduado em Biologia pela Unicamp e pós-graduado em Bioquímica pela USP, gentilmente divide conosco um pouquinho do seu vasto conhecimento sobre as mais diversas plantas e flores, incluindo, é claro, as orquídeas.

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