Baluarte africano: o Baobá

Figurando em nossa querida seção Flor da Semana, a eleita de hoje é uma árvore de origem africana e que foi um dos temas centrais na decoração da mesa que celebrou o aniversário do meu querido afilhado. No post intitulado Na Sanava com o Pequeno Príncipe, que publicamos nesta segunda-feira. Aqui, mostramos em detalhes a festa e como o Baobá nos inspirou!

Os Baobás podem ser encontrados também em miniaturas, como os bonsais. Imaginem ter uma dessas fortalezas naturais enfeitando um cantinho especial de casa? Requer zelo e dedicação, e quem conta, a seguir, todas as curiosidades e informações essenciais sobre o Baobá é o nosso querido colunista, pesquisador e amante das flores e plantas, Sergio Oyama Junior, do incrível blog Orquídeas no Apê!

Baobá Banner

 

Baobá é o nome genérico de árvores de grande porte pertencentes a nove espécies do gênero Adansonia, assim batizado em homenagem ao naturalista francês Michael Adanson. São plantas nativas de Madagascar, da África continental e da Austrália. O nome popular Baobá (Baobab) vem de uma palavra árabe que significa “pai de muitas sementes”.

Os Baobás são conhecidos pela grande circunferência de seus troncos, que possuem entre 7 e 11 metros de diâmetro. Esta característica é importante para que estas árvores possam armazenar água, uma vez que habitam regiões bastante áridas. O tronco de um Baobá pode ser capaz de guardar até 120 mil litros de água.

As flores do Baobá surgem durante o verão. São brancas, de grande porte e pesadas. Possuem o curioso comportamento de se abrirem no final da tarde, assim permanecendo durante uma única noite. Isso ocorre porque estas flores são polinizadas por morcegos frutívoros.

Os frutos do Baobá têm um importante papel na alimentação dos povos africanos. São ricos em cálcio, vitamina C e antioxidantes.

No Brasil, infelizmente, há poucos espécimes de Baobá plantados. A maior parte das árvores existentes encontra-se na região Nordeste, principalmente no estado de Pernambuco. Foram trazidas por sacerdotes africanos, por possuírem importante papel em cultos religiosos. Acredita-se que os Baobás encontrados no Rio Grande do Norte tenham servido de inspiração para o escritor Antoine de Sant-Exupéry, que cita a árvore em seu livro O Pequeno Príncipe. Sant-Exupéry visitou o Brasil na década de 1920 e hospedou-se em Natal.

É possível cultivar o Baobá como um bonsai, mas alguns cuidados devem ser tomados. Ele não suporta frio, devendo ser cultivado em ambientes que reproduzam seu habitat natural. O bonsai de Baobá precisa de muitas horas de sol por dia e deve ser regado apenas uma vez por mês. O excesso de umidade causa o apodrecimento de suas raízes. Transformar uma semente de Baobá em uma árvore em miniatura é um processo difícil, que requer técnica e paciência. Mas, com certeza, vale a pena cultivar este símbolo do continente africano dentro de casa.

Obrigada, Sergio, sempre nos iluminando com a sua sabedoria e com o que as plantas têm de mais especial para nos ensinar!

Esperamos que tenham apreciado!

Beijos!

Sergio Oyama Junior é o biólogo, fanático por orquídeas e idealizador do Orquídeas no Apê, blog dedicado a essas lindas flores. Neste espaço, Sergio, que é graduado em Biologia pela Unicamp e pós-graduado em Bioquímica pela USP, gentilmente divide conosco um pouquinho do seu vasto conhecimento sobre as mais diversas plantas e flores, incluindo, é claro, as orquídeas.

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