Nossa flor da semana é um tanto quanto exótica, e, além de sua beleza, tem segredos e propriedades preciosas para a saúde. Com a ajuda indispensável do querido Anderson Santos, biólogo, botânico e expert no assunto, hoje, vamos saber mais sobre a Cúrcuma.
Curcuma longa é o nome científico de uma espécie de planta que tem vários nomes populares como: Cúrcuma, Açafrão-da-Terra, Turmérico, Raiz-de-Sol, Açafrão-da-Índia, Açafroa, Batatinha-Amarela, Mangarataia e Gengibre-Amarelo. Pertence à família botânica Zingiberaceae, a mesma do gengibre. É originária do sudeste da Ásia, mais precisamente das encostas de morros das florestas da Índia, e no Brasil, é cultivada em vários Estados.
A Cúrcuma é uma planta do tipo herbácea, ou seja, não atinge o porte de arbusto ou árvore, crescendo em média 1,20m a 1,50m de altura em boas condições de clima e solo. As folhas são grandes, têm forma de lança e quando amassadas liberam um perfume agradável. A junção das folhas que fica na superfície do solo forma uma estrutura que parece um caule verde, porém o caule é do tipo rizoma, subterrâneo e cresce horizontalmente. As flores são dispostas em inflorescências com flores pequenas e amareladas saindo de uma haste longa e com brácteas com variadas cores.
Algo importante a mencionar é que a espécie Curcuma longa, da família botânica Zingiberaceae é classificada como uma planta condimentar e, muitas vezes, é confundida no Brasil com outra espécie, a Crocus Sativus, da família botânica Iridaceae, também denominada por aqui de Açafrão, sendo esta segunda, conhecida como o Açafrão verdadeiro.
Os rizomas de Curcuma longa apresentam uma quantidade de proteína com valores muito próximos aos valores médios encontrados em grãos de arroz (8%) e trigo (14%). Apesar disso, não são os atributos nutritivos que fazem da Cúrcuma uma planta de interesse comercial, mas sim a qualidade dos rizomas, caracterizada e avaliada pela presença do corante amarelo curcumina e óleos essenciais. Em países da América do Norte e Europa, onde a legislação proíbe o uso de pigmentos sintéticos pela indústria alimentícia, esse condimento é um importante substituto para pigmentação de diversos tipos de alimentos industrializados. Além de sua substância corante, a curcumina, apresenta óleos essenciais com características antioxidante e antimicrobiana, que juntos são usados pela indústria cosmética e de perfumes, além de apresentar uso medicinal, têxtil, condimentar e alimentício. Como corante alimentício, está presente na composição de macarrões, mostardas, sorvetes, queijos, salgadinhos tipo chips, margarinas e carnes. É também empregada no preparo do curry, um condimento de origem asiática que é composto por cerca de 20 especiarias, sendo a principal delas, a Cúrcuma.
O plantio de Cúrcuma é relativamente fácil quando utilizado o método de propagação vegetativa, quando os rizomas são divididos e inseridos no solo, para gerar novas plantas. Importante selecionar rizomas saudáveis para que sirvam como “rizoma semente” e a planta a se originar a partir daí tenha características saudáveis. O plantio pode ser realizado em sulcos feitos no solo ou canteiros. Especialmente em regiões onde chove bastante, recomenda-se o plantio em canteiros de modo que a água, sempre presente, auxilie a planta a armazenar substâncias de reserva nutricional. A profundidade de plantio é de aproximadamente quatro centímetros, devendo-se colocar um rizoma, preferencialmente, recém brotado por cova.
Há alguns anos, a facilidade notada no plantio da Cúrcuma fez com que, suas flores se tornassem interessantes para o mercado de flores, sendo atualmente uma importante flor de corte com cores que variam do branco, verde claro, rosa e lilás. A inflorescência possui um perfume bastante característico e apresenta grande durabilidade, sendo a Flor de Cúrcuma frequentemente empregada na composição de arranjos florais.
Esperamos que tenham gostado da nossa eleita de hoje na coluna Flor da Semana, que, toda quarta-feira, traz informações sobre as espécies de flores e plantas que mais adoramos!
Beijos!