A PERFUMADA ANGÉLICA

Quando uma flor nos chama atenção, muitas vezes nem imaginamos o quanto de história ela pode revelar. Desde a sua origem até a forma como ela vem sendo usada em diferentes culturas trazem a noção de seu valor e importância! Hoje, vamos falar sobre a delicada e perfumada Angélica, flor que já esteve em nossos arranjos na produção Flores e Cores Para os Nossos Amores.

Para isso, contamos com o olhar apaixonado e científico do nosso colunista, biólogo e botânico, Anderson Santos, que reuniu informações relevantes para quem nos acompanha na descoberta das mais lindas espécies de flores e plantas!

angelica flor

Angélica, Haste-de-São-José, Angélica-de-Bastão, Tuberosa, são alguns nomes atribuídos à espécie Polianthes tuberosa, originária do México. Pertence à família botânica Agavaceae, e tem como parentes as plantas do gênero Agave, cujas folhas são utilizadas para a produção de tequila e sisal, importantes produtos da economia mexicana. O nome de origem latina Polianthes significa flor cinza e tuberosa é sinônimo de inchado, termo que se refere à parte subterrânea da planta que popularmente é chamada de bulbo.

É uma planta herbácea, tuberosa com folhas verdes, brilhantes e longas, agrupadas na base da planta. Atinge até 90 cm de altura quando está em floração, quando projeta uma alongada inflorescência, portanto cachos de perfumadas flores brancas, podendo chegar a 30 flores em uma única inflorescência. As flores são tubulares, e podem chegar a cerca de cinco centímetros de comprimento. São plantas que, uma vez que produzem flores não produzirão novamente. Por apresentarem bulbos, após a floração, na parte subterrânea da planta, novos brotos dão origem a uma nova planta. A floração ocorre no final do verão ou início do outono e apresentam intenso perfume que pode durar por vários dias. As flores também apresentam longa duração, seja no jardim ou como flor de corte em um vaso com água.

Conhecida em todo mundo por seu potencial ornamental e principalmente pelo aroma de suas flores, a Angélica é apreciada em muitas culturas, principalmente em cerimônias de casamento. No Havaí são as preferidas para compor os colares de flores que os noivos usam durante os casamentos. Para os indianos, representam a pureza e cura e são importantes em diversos rituais religiosos. Os antigos astecas usavam o óleo essencial da flor para aromatizar o chocolate. Atualmente, sua essência é muito utilizada na formulação de perfumes e tem um grande uso na indústria cosmética. Ela é apropriada para compor jardins, como pequenas cercas-vivas e plantios intercalados com outras plantas, além de ser uma ótima opção de flor-de-corte, podendo ser plantada em vasos e jardineiras.

A Angélica deve ser cultivada sob sol pleno, em solo fértil, drenável, enriquecido com matéria orgânica e irrigado regularmente. Convém arrancar os bulbos após a secagem da folhagem, para que repousem durante o inverno em ambiente fresco e seco. Os bulbos devem ser plantados no local definitivo, no início da primavera, em canteiros ou vasos bem preparados e fertilizados, sendo as cochonilhas as pragas mais comuns no cultivo. Amplamente cultivadas em todo o mundo, são facilmente encontradas em floriculturas e são muito indicadas para composição de buquês e arranjos florais, dada a sua durabilidade após o corte.

Esperamos que tenham gostado e que as informações sejam úteis.

Aproveitamos para convidá-los a um passeio por nossa galeria Flor da Semana, aqui!

Beijos!

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